Reiki ou Passe, qual a diferença?

Ao longo de minha trajetória, há sete anos ministrando cursos de Reiki, tenho observado esta dúvida chegando até mim por inúmeras pessoas: jovens, adultos e idosos. Tenho percebido, mesmo com a crescente difusão do Reiki por todo o planeta, a continuidade desta pergunta em minhas experiências em grupos e nos atendimentos em consultório. Por esta razão, acreditei ser importante também deixar este fato aqui registrado, como forma de esclarecimento, principalmente para aqueles que ainda recebem informações distorcidas a respeito, provindas de muitas casas espíritas, pelo simples fato de ainda não terem evoluído o conhecimento diante da realidade em que vivemos.
Acredito que toda a forma, técnica ou tratamento que envolve cura necessita evoluir e se adaptar de acordo com a realidade vigente, mesmo sendo um conhecimento utilizado a milênios, pois vivemos em outra época, com novas necessidades. Naquela época, o Reiki, por exemplo, possuía inúmeras variações de acordo com a cultura onde era inserido: Egito, Índia, Japão, Tibete, Hawai (Kaunas), nas tribos indígenas norte americanas, entre outros locais e civilizações.
Se no passado já havia esta sabedoria, adaptando o conhecimento à realidade, porque na Era da globalização, em que todos os conhecimentos se interrelacionam e se complementam para chegarmos com mais eficácia e rapidez ao mesmo objetivo, cumprindo cada um seu papel específico, isso seria diferente? Infelizmente, ainda existem tabus com relação ao Reiki, principalmente em Centros espíritas, onde muitos exigem que o visitante opte pelo tratamento com Reiki ou o tratamento que a casa oferece, assim como o médium não tem permissão de trabalhar numa casa espírita e realizar atendimentos de Reiki em suas horas vagas.
Ressalto, porventura, que não há julgamento quanto a esta constatação, nem uma generalização do caso, mas sim apenas uma prova viva recorrente, cujos relatos chegam através de amigos, conhecidos e pacientes. Por esta razão, transcrevo abaixo uma explicação recebida através dos mentores espirituais que me acompanham, a qual foi inserida nas apostilas do curso de Reiki Nível I como forma de esclarecimento, também tendo por base o conceito e o processo de transmissão de energia através do canal humano segundo a física quântica:
Muitas pessoas tendem a perguntar: qual a diferença entre o Reiki e o Passe magnético? Diria que não existe diferença no que se refere à fonte de energia, na medida em que ambos, o Reikiano e o médium passista, são apenas canais através dos quais a Energia Vital do Universo flui, tendo por base a intenção de cura e a energia de amor provinda do coração de cada um.
A diferença entre ambos está na metodologia, na técnica de trabalho e no tempo de aplicação. Em alguns cursos de Reiki, menciona-se que o Reikiano não perde energia, o que é fato, e vamos compreender o porquê: mesmo o Reikiano sendo um canal de energia universal, também é natural que ocorra uma pequena parcela de doação da sua própria energia, a qual chamamos de ectoplama, a “eterização” da energia física do ser humano, segundo a física quântica, ou seja, a energia física sublimada em outra frequência energética, uma vez que estamos encarnados em um plano terreno.Portanto, não há perda, mas sim doação.
Isso quer dizer que (…) se a mente atua emitindo uma partícula, esta age ou se combina com algum tipo de partícula ou átomo do Cosmos (fluído universal), podendo resultar em uma energia cósmica positiva ou negativa, dependendo do tipo de interação que ocorreu. Estas energias, combinadas nas doses certas com a nossa do plano físico, produzem uma infinidade de fenômenos. (2003, p.68. HERVÉ, Ivan Vianna et. al.)*
Assim, é desta troca de partículas emitidas pelo mental com o fluído cósmico que resulta a energia cósmica; por esta razão, a energia do Reikiano ou do médium passista não pode estar dissociada deste processo, sendo sempre positiva quando envolve sua intenção de amor. Reiki é amor!
E finalizando, esclareço que Reiki não é uma prática que exclui o trabalho espiritual propriamente dito, pois mesmo envolvendo a harmonia e o equilíbrio do espírito através de inúmeras técnicas e “simbologias-portais”, não substitui um trabalho realizado por um grupo mediúnico, assim como um tratamento espiritual é complementar de um tratamento alopático. Todas as formas, técnicas e tratamentos de cura podem caminhar juntas quando o objetivo for o mesmo: ame os outros como a si mesmo; faz aos outros o que gostaria que fizessem a você; ame incondicionalmente, pois este é o caminho para o despertar interior e o reencontro com o seu Eu Superior!
(Luciane Strähuber.)
* Livro mencionado: Apometria: a conexão entre a ciência e o espiritismo.
https://wohaliterapias.wordpress.com/2012/10/

Comentários

Mensagens populares